CL 15/16 - 8osF/1M: SL Benfica 1 Zénit 0

A culpa é minha porque coloco as minhas, repito, as minhas expectativas sobre o Benfica sempre num ponto elevado. Faço-o porque analiso as capacidades da equipa com os meus, repito, com os meus olhos e o que quer que eu saiba sobre futebol... Isto dá em que pense que poderia ser melhor. Mas o Benfica é o que é e talvez eu deva baixar os níveis de exigência cada vez que vou a jogo.

Assim sendo, ontem o Benfica ganhou e ganhou bem, a primeira mão dos oitavos de final frente ao zénit. Fez o jogo possível após ter perdido na jornada passada frente ao porto. Levou com um merecido balde de água fria, limpou a cara, aprumou-se e apresentou-se com a mesma organização frente à equipa russa.

A primeira parte foi inconsequente e deu para ver o quanto inferior o porto é ao zénit... Os russos não jogavam há meses e mesmo assim conseguiam anular as linhas de passe ao Benfica e também conseguiam progredir rapidamente no ataque cada vez que alguém do Benfica fazia uma aselhice. Se a tudo isto juntarmos o facto de que Garay secou Mitroglou por completo e que Javi e Witsel foram quase sempre suficientes para manter Samaris lá atrás e manietar, Gaitán, Pizzi e Jonas...

O Benfica necessitava de movimentos de ruptura, teve alguns (Almeida e Lindelof) mas tudo se perdeu na barreira ainda fresca que era a defesa russa. Também se perdeu o concurso de Almeida e Jardel para o jogo da segunda mão na Rússia... Se Lisandro recuperar, não vejo motivo de alarmismo e Nelson será o substituto, pena que no lado esquerdo.

Infelizmente, o início da segunda parte trouxe um Benfica amorfo e meio perdido. Tal como na passada jornada,

fossem os russos mais acutilantes, poderíamos ter ficado a perder bem cedo. Felizmente isso não aconteceu e o Benfica acordou e começou a moer o seu adversário.

Neste tipo de jogos em que são detalhes a decidir, o modo em como uma equipa arma o seu jogo ofensivo pode ser importante na parte final da partida. O zénit estava a perder fulgor e o Benfica começou a jogar de martelo, pá e picareta (deixando para trás a régua e esquadro com que brinda a maioria das equipas em Portugal).

RV, observou aquilo que era evidente: Era necessário existir mais mobilidade na frente de ataque! Mitroglou é um avançado posicional o que é bom para uma defesa privada de jogos competitivos... Não os desgasta muito porque sabem onde esta o perigo. Ao minuto sessenta e três, coloca Jiménez em campo e a nova dupla começa a cansar ainda mais o centro da defesa russa bem como o seu meio campo. Aos sessenta e nove, Gaitán dá o primeiro aviso:

Aos setenta e dois é Jardel:

O jogo já estava partido e o meu receio era que o zénit aproveitasse o facto de o Benfica já estar um pouco lento a recuar. Tal não aconteceu porque Carcela (mesmo não tendo sido uma entrada de influência assinalável) colocou em sentido o lado esquerdo da defesa Russa. E tão em sentido colocou que após uma falta (consequente expulsão do defesa esquerdo), Gaitán marcou o livre e:

O mérito não é só de Jonas, atentem no trabalho de Jardel que bloqueou três fantásticos jogadores que já pertenceram aos quadros do Benfica:

Jonas só teve de armar o remate, e o Benfica ganhou a partida de forma justa.

Este foi o resultado possível. Curto? Veremos daqui a três semanas. Mas isso nem é o importante. O importante é que RV vai ter cerca de três semanas para estudar a melhor maneira de jogar em vantagem e de não cometer os mesmos erros da passada jornada frente ao porto onde se viu a ganhar e não prestou atenção.

Até fiquei com a ideia de que pode ser o jogo ideal para o treinador do Benfica demonstrar que sabe algo sobre grandes jogos. Teremos de aguardar pela evolução clínica de Lisandro e de Fejsa, aguardar pela utilização de Nelson de modo a dar-lhe pernas para a difícil batalha da Rússia e eu até gostava dever mais vezes o Grimaldo...

Foi uma exibição global muito esforçada. Não há melhor do que ver a equipa a acreditar que consegue. Houve crer, querer e fortuna num jogo em que em três oportunidades (Gaitán, Jardel e Samaris), marcámos um golo (na 6aF, em 8...). mas gostava de escrever algumas considerações sobre dois jogadores.

Lindelöf:

Eu sei o que sei sobre futebol. Para mim, neste momento, ou vai ou racha. O jogador sueco é o parceiro ideal para o Lisandro. Ahhh mas eles são novos e não têm experiência... Prefiro novos e com qualidade e Luisão que se ponha a pau se esta dupla resultar... Não, não considero que se deva mandar embora o Jardel, é uma boa opção para outros universos que não este de ontem à noite.

Renato:

B - Nada a dizer quanto à intensidade, garra e versatilidade do Renato. Dá gosto em ver este miúdo em campo ele consegue marcar ritmos e RV colocou a equipa à sua disposição...

A - Também nada a dizer no modo em como pensa e arquitecta o seu futebol, o problema está na execução. Deste modo, é agora que urge em "educar" o Renato. Ele tem o futebol no corpo mas necessita de ser bem lapidado para medir os seus excessos e cortá-los (ele vislumbra bem mas tem ainda um certo défice na execução do passe - mas com aquela idade... Só tem a melhorar se assim o quiser). Esta imprensa que anda a idolatrá-lo, também está à espera de um erro dele que dê um desgosto à equipa... Por isso é urgente que Renato saiba o caminho que deve trilhar, e que a maior parte dele deve ser ainda no Benfica onde os holofotes ainda que violentos, são ainda poucos.

Ok, afinal vou escrever sobre três jogadores - Jonas:

Afinal, o brasileiro tem pelos no peito... É homem, perdão Homem contra equipas mais fortes! A não ser que o zénit seja uma fraca equipa treinada por um não treinador... Jonas sacou mais 1.5M de euros (no somatório, penso que já vai nos 24M) o que dá as duas pernas do montero, ou a vela do barco... Barcos?

Venha o paços.

PS: É nisto que dá obedecer a acordos com o bufas. Falam mal de tudo, vendem-lhes um jogador e a troco de umas comissões baixam as calças apoiando um inútil. Quando começa a doer... Já não é competente mas sim inexperiente e lamentável... Sempre a mesma treta!

E Pluribus UNUM