Sentimentos antes do jogo começar: Nada de prolongamentos! A época é longa e todo o tempo economizado é importante e decisivo... Além de que sempre escrevi que tínhamos qualidade suficiente para avançar nesta edição da Liga dos Campeões.
Sentimento pós jogo: Será que RV treinou este jogo frente ao sporting? Se sim, houve coisas que correram melhor no primeiro jogo e outras que não saberemos se aconteceriam no segundo jogo caso não tivéssemos sofrido aquele golo.
A verdade é que o Benfica apresentou-se sóbrio e sem grandes contemplações a defender. Os pequenos abanões iniciais, aconteceram durante o tempo em que Samaris demorou a conhecer o seu novo lugar na equipa - Fejsa recuou para terceiro central durante alguns minutos mas assim que o sérvio viu que o grego estava em jogo, subiu e o Benfica tomou de forma subreptícia conta da partida.
A atacar, o Benfica era comedido mas mais incisivo durante os primeiros momentos, já os russos usavam o pontapé para as costas dos laterais de modo a usar o tal pinheiro. Algumas escaramuças aqui e ali mas nada aconteceu até ao intervalo.
Na segunda parte mais do mesmo mas com o pendor de ataque a começar a cair para o lado dos russos que tiveram de se esforçar mais fisicamente uma vez que o pontapé para a frente não estava a resultar. O estado físico dos jogadores do Benfica já estava também a atingir um limite de quebra e a equipa recuou... Jonas poderia ter aberto o marcador mas não conseguiu, respondendo o zénit com um golo.
Nesta altura, já RV tinha refrescado a frente do ataque com a entrada de Jiménez para a saída de Mitroglou... Lindelof obriga Lodygin a uma brilhante defesa e Sálvio entra. O jogo a sério começava agora aos setenta e três minutos.
Gaitán despiu o fato macaco e vestiu o fraque e foi à missão, era hora de ir escrever história. Os laterais despiram as amarras e começaram a subir mais, era arriscado mas dos fracos não reza a história. A glória está lá para quem a quer e se se quer glória tem de se ir à sua procura. Humildade e o reconhecer das forças e fraquezas, levaram o Benfica a dar a volta ao marcador. Só Jiménez sabe o que lhe passou pela cabeça para armar um remate à João Pinto... Gaitán tem faro e andava doido pelo ataque encarnado à busca dos espaços: um-um!
Jogo partido sem hipóteses de prolongamento. Três jogadores do Benfica para cinco do zénit (Talisca já tinha entrado para o lugar de Jonas), Gaitán nada tem a perder rodeado de adversários e vai para cima deles com Talisca a abrir pela esquerda e Sálvio pela direita... Tudo esticado, um ressalto ganho, assistência para Talisca que nem pensou duas vezes e de pé direito acabou por dar justiça ao marcador final.
Que gigante este Benfica durante cerca de dez minutos! Será que foi necessário tudo o que se passou nos restantes oitenta minutos? É que não se pode usar os índices físicos como factor diferenciador... O Benfica é melhor do que o zénit e nem metade gastou para o ser... Simplesmente é!
Honestamente, não teria entrado com aquele alinhamento, teria colocado Jiménez (em vez de Mitroglou) de início para desgastar aquela defesa ou então com o Gonçalo (em vez de Jonas) para esgravatar os espaços entre os centrais. Isto não é uma crítica é só uma memória inicial tal como outra: As substituições eram previsíveis quer o Benfica estivesse ou não a perder o que remete para processos que neste momento estão a ter resultados práticos quando noutras eras tal não acontecia muitas vezes...
E volto à questão anterior: Era necessário isto? Sim, era necessário porque o Benfica dá-se ao respeito e agora parece estar preparado para também impor respeito... Ontem provou-o e trouxe de volta (tal como na primeira mão da eliminatória) o inferno que se foi perdendo nos anos noventa e se tentou reacender a meio da década passada. Pode-se dizer que o Benfica é mágico e transforma tostões em milhões mas não é bem isso que acontece! O Benfica tem a magia de fazer com que quem lá está se revele quando o sentimento é conjunto... E há fantasmas que se vão desvanecendo.
Não sou dos anos sessenta mas sim dos anos oitenta pelo que vi coisas místicas deste tipo a acontecer em 1982/1983, 1987/1988 e 1989/1990 nos palcos mais elevados do futebol europeu: Em Roma contra uma equipa aparentemente superior, em Bucareste num estádio que mais parecia um quartel militar e em Marselha onde resistimos estoicamente frente a um olimpique endiabrado... Significa isto que o Benfica recuperou o seu lugar sentado no camarote dos eternos grandes?
Sentimento pós jogo: Será que RV treinou este jogo frente ao sporting? Se sim, houve coisas que correram melhor no primeiro jogo e outras que não saberemos se aconteceriam no segundo jogo caso não tivéssemos sofrido aquele golo.
A verdade é que o Benfica apresentou-se sóbrio e sem grandes contemplações a defender. Os pequenos abanões iniciais, aconteceram durante o tempo em que Samaris demorou a conhecer o seu novo lugar na equipa - Fejsa recuou para terceiro central durante alguns minutos mas assim que o sérvio viu que o grego estava em jogo, subiu e o Benfica tomou de forma subreptícia conta da partida.
A atacar, o Benfica era comedido mas mais incisivo durante os primeiros momentos, já os russos usavam o pontapé para as costas dos laterais de modo a usar o tal pinheiro. Algumas escaramuças aqui e ali mas nada aconteceu até ao intervalo.
Na segunda parte mais do mesmo mas com o pendor de ataque a começar a cair para o lado dos russos que tiveram de se esforçar mais fisicamente uma vez que o pontapé para a frente não estava a resultar. O estado físico dos jogadores do Benfica já estava também a atingir um limite de quebra e a equipa recuou... Jonas poderia ter aberto o marcador mas não conseguiu, respondendo o zénit com um golo.
Nesta altura, já RV tinha refrescado a frente do ataque com a entrada de Jiménez para a saída de Mitroglou... Lindelof obriga Lodygin a uma brilhante defesa e Sálvio entra. O jogo a sério começava agora aos setenta e três minutos.
Gaitán despiu o fato macaco e vestiu o fraque e foi à missão, era hora de ir escrever história. Os laterais despiram as amarras e começaram a subir mais, era arriscado mas dos fracos não reza a história. A glória está lá para quem a quer e se se quer glória tem de se ir à sua procura. Humildade e o reconhecer das forças e fraquezas, levaram o Benfica a dar a volta ao marcador. Só Jiménez sabe o que lhe passou pela cabeça para armar um remate à João Pinto... Gaitán tem faro e andava doido pelo ataque encarnado à busca dos espaços: um-um!
Jogo partido sem hipóteses de prolongamento. Três jogadores do Benfica para cinco do zénit (Talisca já tinha entrado para o lugar de Jonas), Gaitán nada tem a perder rodeado de adversários e vai para cima deles com Talisca a abrir pela esquerda e Sálvio pela direita... Tudo esticado, um ressalto ganho, assistência para Talisca que nem pensou duas vezes e de pé direito acabou por dar justiça ao marcador final.
Que gigante este Benfica durante cerca de dez minutos! Será que foi necessário tudo o que se passou nos restantes oitenta minutos? É que não se pode usar os índices físicos como factor diferenciador... O Benfica é melhor do que o zénit e nem metade gastou para o ser... Simplesmente é!
Honestamente, não teria entrado com aquele alinhamento, teria colocado Jiménez (em vez de Mitroglou) de início para desgastar aquela defesa ou então com o Gonçalo (em vez de Jonas) para esgravatar os espaços entre os centrais. Isto não é uma crítica é só uma memória inicial tal como outra: As substituições eram previsíveis quer o Benfica estivesse ou não a perder o que remete para processos que neste momento estão a ter resultados práticos quando noutras eras tal não acontecia muitas vezes...
E volto à questão anterior: Era necessário isto? Sim, era necessário porque o Benfica dá-se ao respeito e agora parece estar preparado para também impor respeito... Ontem provou-o e trouxe de volta (tal como na primeira mão da eliminatória) o inferno que se foi perdendo nos anos noventa e se tentou reacender a meio da década passada. Pode-se dizer que o Benfica é mágico e transforma tostões em milhões mas não é bem isso que acontece! O Benfica tem a magia de fazer com que quem lá está se revele quando o sentimento é conjunto... E há fantasmas que se vão desvanecendo.
Não sou dos anos sessenta mas sim dos anos oitenta pelo que vi coisas místicas deste tipo a acontecer em 1982/1983, 1987/1988 e 1989/1990 nos palcos mais elevados do futebol europeu: Em Roma contra uma equipa aparentemente superior, em Bucareste num estádio que mais parecia um quartel militar e em Marselha onde resistimos estoicamente frente a um olimpique endiabrado... Significa isto que o Benfica recuperou o seu lugar sentado no camarote dos eternos grandes?
Talvez. Com o anterior treinador, a possibilidade nem existia mas agora existe e o Benfica tem o bilhete reservado de acesso ao seu camarote de sempre nas suas mãos. Já ali estivemos cerca de dezoito vezes...
Ainda a mesma questão... É que dá a ideia de que o Benfica, ESTE Benfica, parece - PARECE - ter asas para ser mais o Benfica dos últimos dez minutos do que... À consideração de RV claro.
Quanto aos jogadores, seria injusto destacar algum. Mas devo afirmar que com Fejsa, tudo corre melhor. É também imperioso não deixar cair no esquecimento a fantástica mobilidade dos jogadores do Benfica: Há muita versatilidade em jogadores como Lindelof, Almeida, Samaris, Talisca, Pizzi, Renato, Jonas, Gaitán... Acho que em todos porque querem triunfar. É bonito ver como se entregam fora do seu local primário... É Benfica!
Não sei quem vem a seguir nem isso é importante até porque a Champions acabou por agora. O que sei é que segunda feira há mais uma batalha a ganhar! Outra verdade é que o treinador anterior ia estragando a história do Benfica: abdicar de uma prova para ir a outra! Quase que me convencia disso, talvez tenha de agradecer a RV por provar o contrário... Obrigado então. Muito agradecido mas...
Há que descansar. Verificar os índices físicos. Aproveitar esta maravilhosa energia que é a mística do Benfica quando o clube se sente filho de boa gente. A alegria dos abraços de ontem é poderosa. A direcção que se esqueça de coreografias idiotas até ao final da época e invista na chamada dos adeptos à Catedral. A onda vermelha está ao rubro... Há que a respeitar, há que agradecer que ela exista. Há que lhe dar espaço para ela ainda crescer mais.
Atenção, esta foto foi feita em Portugal e não em Marrocos |
PS: Voltando ao segundo parágrafo deste artigo, tenho a ideia de que foi um excelente treino o jogo de Sábado. Só sofremos um golo ontem porque
Mas atacamos mais e melhor. Numa equipa que sofre de lesões de forma ininterrupta desde o início de época, o que se tem vindo a conseguir e que culminou com o jogo de ontem, não é para equipas que parcelam objectivos... E eu tinha medo que o Benfica se tornasse nisso!
Fo##-se Que raio de pensar! |
E Pluribus UNUM
Eu tiro o chapéu a RV por admiração e apresento as minhas humildes desculpas, pois pensei q tinha metido água com Samaris a central, pois pensei q fosse Fejsa o escolhido a central. MAS Q JOGÃO DO GREGO!!!!
ResponderEliminarHá no entanto uma coisa a verificar, critica construtiva, o Benfica com linhas baixas e próximas perde demasiado no ataque, ainda q ontem e em Alvalade fosse necessário, pois eu sou daqueles à Mourinho, 1º o resultado depois se possível o espetáculo.
Com o muito provável tubarão que se segue temo q ofensivamente o Benfica seja algo inconsequente tendo em conta o modo de jogar e a "força"/pressão do meio-campo, talvez com o Fejsa a coisa altere-se.
O sérvio é mestre na arte defesa ataque... Apenas necessita de mais minutos nas pernas e de não se lesionar outra vez.
EliminarSim, este Benfica a defender acantona-se um pouco demais para meu gosto. penso que contra os últimos adversários não seria necessário mesmo tendo ganho as duas últimas partidas. Aliás, contra o sporting faltou a explosão no ataque e tivemos tantas.. Pré-oportunidades de os vergar com um resultado mais dilatado...
Pessoalmente, pensei sempre que era o grego a central apenas porque era um desperdício coloca-lo tão atrás.
Saudações Gloriosas Bruno.
Enfim, uma equipa pequena eliminou com justiça uma equipa de milhões. Não estranhei porque faz parte do ADN deles, a mal criação do André. Pessoalmente todos tiveram bom desempenho, mas penso que o Samaris fez o jogo mais perfeito desde que veste o manto sagrado. Quanto mais simples e concentrado, as jogadas tornam-se mais fáceis. Algo que o puto Renato, precisa de interiorizar. Venha mais um papão. Ganharemos em receitas e quem sabe se......algo mais.
ResponderEliminarBoa tarde a todos os benfiquistas!
ResponderEliminarVitória mais que justa do Benfica ! Parabéns a Rui vitória que, pelo primeiro ano a, treinar um grande ,conseguiu alcançar os, quarto finais na champions. Pra mim a competição mais importante. Se para outros só vêem o campeonato. Para mim é uma grande alegria estar nas oito equipas melhores da europa. Estamos em primeiro no campeonato , nos4final na champions. Por mérito de uma grande equipa que foi sempre evoluindo .... Viva o benfica
O Benfica é total e não se resume ao campeonato.
EliminarSaudações Gloriosas.
Quero vir aqui ler o artigo sobre a nossa Vitória na champions, não é euforia, é um sentimento.
ResponderEliminarGostei muito, obrigado.
Saudações gloriosas
vito g.