sábado, 2 de junho de 2018

Jogos Imortais: Boavista 1 SL Benfica 1 (2004-2005)

Um jogo imortal este Boavista 1 Benfica 1!

Partida que colocou definitivamente um ponto final no período mais difícil da história do clube: Entre as duas Taças de Portugal de 1996 e 2004, foram 8 os anos sem nada conquistar mas, em termos de Campeonato, foram 11 anos sem o conseguir vencer!
Nota de introdução: Este é um artigo para todos. Há quem goste de ler somente o texto e ver os vídeos (coisa rápida) e também há quem goste de explorar a totalidade do artigo que tem muito sumo para beber. Este artigo, bem espremido, vai demorar mais do que uma hora, penso eu, Boa viagem a todos.

Camacho tinha saído após a conquista da Taça de Portugal, Tiago - grande médio que era agenciado por Jorge Mendes que estava em guerra com José veiga (director do Benfica) - saiu. Não existiram grandes contratações a nível de jogadores (excepto talvez Manuel dos Santos) somente flops como André Luís, Paulo Almeida, Everson, Carlitos, Karadas e Delibasic. Argel e Zahovic saíram em Janeiro. Sokota comprometeu-se com o clube do Porto e foi relegado para a equipa B em Janeiro. Quem veio? O Nuno Assis que foi muito importante essa época. Também, sem nunca deslumbrar, o Bruno Aguiar e o João Pereira foram peças fundamentais mas o mais importante foi ter aparecido Manuel Fernandes que trouxe uma versatilidade tremenda ao miolo da equipa.

Mas veio Trapattoni...

Deste modo, muito espremeu Trapattoni um conjunto reduzido de atletas ao longo da época: Miguel, Luisão, Ricardo, Petit, Manuel Fernandes, Simão, Geovanni e Nuno Gomes. Moreira e Quim fizeram duas metades da época, Dos Santos e Fyssas idem e Assis, com  escrevi, chegou em Janeiro. Tudo espremido, a qualidade do futebol oscilava muito mas o mesmo acontecida com os outros dois candidatos, facto que permitiu ao Benfica conseguir chegar à última jornada com o título ao seu alcance.

Nota: Aquando da ida ao Porto, o Benfica viu-se a perder aos 65 minutos de jogo... Trapattoni fez uma alteração e empatou a partida. Fez a segunda e saiu com o empate! Lapidar o italiano... Lapidar e simples.
Esta era a situação à partida para a última jornada:
O Benfica tinha sido derrotado em Penafiel por Pedro Proença mas depois venceu o Sporting num jogo de muito esforço, recuperando a liderança. O clube do Porto estava à espreita mas dependente... Os dados estavam lançados!

Quanto ao jogo, bem... Foi já há algum tempo e é difícil fazer uma crónica de um jogo que não analisei lá muito bem porque estava como tantos milhões: A ver sem estar a ver com olhos de ver, não sei se me entendem! Sendo assim, as crónicas e as análises ficam para os jornalistas d'A Bola e d'O Record.
Posso escrever sobre as emoções pois delas tenho memória. Fui ao café da praxe com amigos e conhecidos desde há muito tempo e aquilo estava apinhado... A rebentar pelas costuras pois tinha 3 divisões com TV onde se conseguiram meter adeptos do Benfica, do Sporting e do clube do Porto sem problemas.

Lembro-me do conforto que senti em ver que Trapattoni teve os jogadores principais à sua disposição o que assegurava mais qualidade do que por exemplo, no jogo de Penafiel. O italiano organizou a equipa num 4-5-1 volátil que se transformava em 4-3-3 num ápice... Era um esquema engraçado - digo eu - Uma espécie de pentágono formado a partir de um duplo triângulo:
😁😁😁, adoro explorar e teorizar sobre o futebol! Assim devia sempre ser acho eu 😉.

E esta foi a formação, a melhor e mais confiável:
Quim, Petit, Miguel, Luisão, Ricardo Rocha e Simão (Cap).
Manuel Fernades, Geovanni, Dos santos, Nuno Assis e Nuno Gomes.
Depois foi um período de quase duas horas à espera do título onde, infelizmente, parecia estar sempre com medo de os outros marcarem e... Consequências de 11 anos de travessia do deserto e da época titubeante da equipa.

Foi uma partida com uma intensidade física enorme. Simão abriu o marcador, o Boavista empatou, tivemos algumas oportunidades, o outro clube do Porto marcou e a espera a tornar-se eterna, Trapattoni refresca e manda subir a equipa, a Académica empata, os minutos esgotam-se e... A festa foi até às tantas e valeu umas amolgadelas no carro pois fui festejar para onde talvez não devesse ter ido!
No dia seguinte, fui para o trabalho mais ressacado do que alguma vez tinha ido para as aulas nos tempos de estudante. O patrão era portista e sabia que eu era... Mas nada aconteceu e a vida seguiu!

Sorte? Mas qual é a culpa do Benfica se os outros tropeçaram mais vezes do que o Benfica? Diz-se é que foi o campeonato mais pobre dos últimos 30 anos. Mas a indefinição até ao final, compensou essa falta de qualidade.

Poderia ter sido o ponto de partida para um período mais consentâneo para com a história do clube mas... Passámos mais 4 épocas a penar... A penar por alguma falta de qualidade (porque será?), pelo dinheiro que chegava ou não chegava, e por sermos prejudicados à força bruta o que em nada ajudou.

Fiquem com as reportagens dos jornais do dia seguinte. Primeiro A Bola:
Por último O Record:
O Jornal A Bola, publicou ainda um apanhado de algumas figuras públicas do Benfica. Figuras e dois patos mansos:
Tempo para mais fotografias do estádio do Bessa, pois este é um artigo mais visual do que outra coisa:
Mais imagens já em Lisboa:
Uma imagem no Porto:
Para acabar na Catedral:
Uma festa que percorreu Portugal  inteiro:
Sem olhar a cores, credos e idades:
E tudo porque:
E Pluribus UNUM!

1 comentário:

  1. Mais uma publicação fantástica carregada de mística e de benfiquismo.

    ResponderEliminar

Ok digam o que bem entenderem.
Depois eu vejo