sábado, 9 de julho de 2016

Selecção de Portugal - O Ponto da Viragem?

Sem constrangimentos admito que não esperava que a selecção chegasse à final. E falhei até porque acreditava sem ter muitas esperanças. Da minha soberba, julguei-me e aprendi... Este sistema de jogo não é do meu agrado mas este é um dos caminhos que se pode percorrer para vencer.
O meu desligamento da selecção nacional começou em 2004. Foi um acumular de eventos que me afastou de forma sorrateira. Nada a fazer neste momento senão reeducar a mente e aprender de forma brutal e avassaladora a regressar às raízes:
A selecção de Portugal... Esta é uma primeira amostra:
Esta foi uma equipa da Associação de Futebol de Lisboa e, também quer queiramos quer não, a primeira versão da Selecção Nacional. A 21 de Maio de 1911, este grupo de jogadores de três clubes da capital (Benfica Sporting e CIF) defrontou e ganhou por 5-1 ao Stade Bordelais, um grupo de estudantes franceses que se deslocou a Portugal para efectuar jogos de futebol.

Da esquerda para a direita, e de cima para baixo:
Cosme Damião, Merik Barley, Eduardo Luís Pinto Basto (capitão da equipa), Henrique Costa, Artur José Pereira e William Sissener.
António Stromp, António Rosa Rodrigues, Francisco Stromp, Carlos Sobral e João Bentes.

Muitos futebolistas lá passaram e honraram o nosso país. Só em 1925 é que, oficialmente, uma selecção Portuguesa logrou vencer a sua primeira partida:
Foi a 28 de Junho desse ano que perante cerca de dezasseis mil pessoas, Portugal bateu a Itália por 1-0, alcançando assim o primeiro triunfo da sua curta vida futebolística (recorde-se que a estreia da selecção de quase todos nós (por vezes parece ser mais de uns do que de todos) havia sido em Dezembro de 1921 diante da Espanha, em Madrid.

A equipa, não pela ordem da imagem, foi esta:
Francisco Vieira - guarda-redes (SLB), Pinho, Vieira, Figueiredo, Silva, Matos, Neves, Mário de Carvalho (SLB), Maia, Delfim e Fonseca. O golo da vitória foi obtido sportinguista Maia, João Francisco Maia.

Portugal teve outras grandes selecções de jogadores, observem esta que foi absolutamente fantástica nos anos cinquenta:
Esquerda - direita, cima - baixo:
Barrigana, Félix, Caiado, Moreira, Serafim das Neves e Juca
Rogério, Travassos, José Águas, Matateu e Albano.

Uma maravilha. Um grupo de galácticos que marcou a passagem de testemunho entre gerações... podemos ver dois violinos (Travassos e Albano), o grande Matateu e os Gloriosos Rogério e José Águas... Que frente de ataque!

Em 1966...
Esquerda - direita, cima - baixo:
Em cima: Alexandre Baptista, Jaime Graça, Hilário, Festa, José Carlos e José Pereira.
Em baixo: José Augusto, Torres, Eusébio, Coluna e Simões.

A história é de todos conhecida a qualidade do material humano deu descanso à justiça da convocatória... Era tudo uma família!

Escrevo agora do que me lembro e que tenha gostado, só em 1984 é que Portugal voltou a ser capaz de volatilizar o futebol europeu, quiçá mundial:
Esquerda - direita, cima - baixo:
Eurico, Jordão, João Pinto, Álvaro e Lima Pereira.
Bento, Jaime Pacheco, Sousa, Frasco, Chalana e Carlos Manuel.

Com posições extremadas pela clubite, Portugal jogava sempre com os onze lugares disponíveis divididos pelos três grandes. Sem demérito para Lima Pereira, mas que grande dupla de centrais teria sido Humberto-Eurico...

Nesta prova, parece-me agora que fomos derrotados por tanto querer ganhar. A França, com cinismo e uma sorte descomunal, ganhou...

Com poucos mas bons, fomos capazes de ir ao mundial do México em 1986:
Lesões, pressões e afins; eis que Portugal - o pobre Portugal -  foi ao México depois de sofrer pois jogar com seis jogadores de campo com características defensivas...

Esquerda - direita, cima - baixo:
Venâncio, José António, Inácio, Mário Jorge, João Pinto e Venâncio.
Bento, Gomes, Jaime Pacheco, Veloso e Carlos Manuel.

Contra a Alemanha, a 16 de Outubro de 1985, uma manta de farrapos com um sonho no coração, ganhou direito a ser imortal por causa de noventa minutos...

Veio a geração de ouro que só em 2000 deu um ar da sua graça e como me encantava a ver quase todos estes jogadores:
Selecção que mais uma vez foi derrotada pela França num jogo em que estivemos a ganhar mas que acabou empatado a uma bola nos noventa minutos...

Esquerda - direita, cima - baixo:
Baía, Couto, Dimas, Costa, Abel Xavier e Rui Costa.
Nuno Gomes, Paulo Bento, Vidigal, João Pinto e Figo.

No prolongamento dessa meia final com o tal golo de qualquer coisa, não me esqueço de ter visto Abel Xavier a proporcionar a Bartez a defesa do jogo e poucos segundos depois cometer... Ou nem por isso, uma grande penalidade que daria a passagem à final à França... Francinha!!!

Quatro anos depois, através de estranhos caminhos, a organização do Euro 2004 realizou-se em Portugal.
Esquerda - Direira, Cima - baixo:
Ricardo, Couto, Pauleta, Andrade, costinha e Rui Costa.
Ferreira, Maniche, Rui Jorge, Simão e Figo.



Treinados por um brasileiro, que conseguiu mobilizar uma nação inteira, assistimos a um percurso muito interessante mas que não trouxe a cereja: Ganhar a prova. O seleccionador era mobilizador mas de treinador... Mas cada um tem a sua opinião. Scolari conseguiu perder com a mesma selecção duas vezes na mesma prova...

Assistimos também ao final da tal geração de ouro (se bem que Figo continuou) e ao passar do testemunho entre josé veiga e jorge mendes... Rui Costa abandonou a selecção e eu ainda estou a tentar recuperar desse abandono (gargalhada estridente), recuperação essa que conta com a assistência de um médico especialista em mística... Guilherme Cabral:
E, estejamos nas mãos de Deus e/ou nos pés/mãos de onze (no máximo catorze jogadores), todos juntos sem preconceitos, unidos a uma só voz somos capazes de aguentar a batalha que se avizinha e trazer um título que não fugiu só em 2004... Fugiu também em 1984 e em 2000 e... Em 1966!

Não há impossíveis:
Mesmo a perder... Por dois,
Ou por três,
Vamos Portugal. Vamos ganhar!

7 comentários:

  1. Espectacular artigo, Minha Chama!

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  2. é uma pena o CR7 não ter tido aquela geraçãode ouro atrás, éramos candidatos ao campeões do mundo.

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  3. O miúdo da Musgueira ainda está entalado na garganta dos sportinguistas que teimam em não reconhecer o seu valor, elasse para eles, eu já sinto saudades e alguma apreensão por não ver ninguém a chegar ao glorioso para o substituir.
    Aguardamos e que Portugal ganhe amanhã com um golo do Renato era um gozo finalmente vê-los no marquês por causa de um benfiquista eh eh.
    Saudações gloriosas.
    Vito g.

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    1. Está e vão pagar por isso...

      Penso que o Renato está esgotado...

      Saudações TRIGloriosas Vito g.

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  4. É totalmente descabido comparar o King, o maior futebolista português de sempre,com a sua Humildade e Talento. O CR7 é bom futebolista mas pensa que só ele merece os créditos.

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Ok digam o que bem entenderem.
Depois eu vejo