sábado, 2 de julho de 2016

Edite Cruz... Mais Do Que Ouro!

Andava a fazer zapping na Internet por sites, blogues e páginas de facebook relacionadas com o Benfica quando me deparo com esta imagem:
Pronto... Tinha de descobrir quem era esta imponente figura. Tanta condecoração. Qual a sua ligação ao Benfica.

Hoje, após este tempo de interregno que quase me convenceu a mantê-lo por tempo indefinido, eis que cravo a letras esterlinas neste blogue o nome Edite Cruz. EDITE Clementina da Costa Pedroso da CRUZ um nome ímpar no desporto português... Mas, como é normal, pouco conhecido pois a patinagem não rende e os torresmos com cerveja estão cada vez mais caros.

Há e sempre haverá Eusébio, Rosa Mota, Carlos Lisboa, Joaquim Agostinho, António Livramento entre outros. Edite Cruz, está neste grupo!

Porquê?
É suficiente?
Até o presidente LFV se lembrou dela em Março do ano passado aquando da celebração da conquista do título de Campeão Europeu por parte da equipa FEMININA de Hóquei em Patins do Sport Lisboa e Benfica:
Títulos conquistados:
  • “Princesinha (1944) e Rainha do Patim (1945)”
  • Um Campeonato regional de principiantes (1953).
Outros feitos históricos para o desporto português:
  • Primeira patinadora portuguesa a exibir-se no estrangeiro.
  • Conquistas internacionais em Antuérpia, na Bélgica: medalha de prata e bronze, plaquette de prata e bronze e plaquette de bronze internacional.
  • Exibições ao intervalo, em eventos internacionais com a presença da selecção nacional de hóquei em patins.
  • Exibições artísticas na América Latina (Argentina e Brasil).
Parece pouco? Jamais porque é inatingível!

Em 2009, a SIC teve a amabilidade de a entrevistar. Observem com atenção:
22-11-1955: Edite a receber o troféu do primeiro festival da solidariedade.
Fantástico não? Imperial! Como a águia... Mais do que ouro, no mundo da música, há melhor do que ouro: Platina! Então, a Edite é mais do que platina.

Tentei obter mais vídeos, ou outras informações mas tal não foi possível.

Desde já o meu agradecimento ao blogue O Indefectível e a Alberto Miguéns pela informação vital que me forneceram. Sem o vosso contributo, este artigo não teria sido possível.

E Pluribus UNUM

9 comentários:

  1. Respostas
    1. Vale sempre a pena divulgar a História do Benfica.

      Saudações TRIGloriosas

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  2. Lembro-me de vêr revistas editadas pelo SLB em que vinha a patinadora Edite Cruz devia ter 6 anos

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    1. A imagem dela também me traz algo à memória mas muito fugaz.

      Foi grandiosa e gloriosa, uma mulher ímpar.

      Saudações TRIGloriosas

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  3. Todos os atletas fazem parte da história do clube, uns mais mediáticos outros nem por isso e infelizmente tendemos a menosprezar tantos como esta senhora que agora também passei a reconhecer.
    Obrigado e que saudades de ver o Benfica.
    vito g.

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  4. Alguém me sabe informar onde se encontra a nossa EDITE CRUZ?

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    1. Olha que não faço a mínima ideia...

      Até me palmaram o vídeo final... Isto está mesmo mau.

      Em relação à Edite Cruz, ela sempre foi muito reservada pelo que... Não te posso ajudar muito.

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  5. Aqui ficam mais alguns elementos biográficos de Edite Cruz
    EDITE Clementina da Costa Pedroso da CRUZ Rodrigues, natural de Lisboa, nasceu a 08-10-1933. Desportista portuguesa, começou, muito cedo, a praticar ginástica e outras actividades afins. Foi, porém, como patinadora que se tornou geralmente conhecida e apreciada.
    Aos 11 anos, estreia-se numa prova oficial. Consagrou-se, na Amadora, a “Princesinha do Patim”. No ano seguinte, o mesmo município atribuiu-lhe o prémio “A Rainha do Patim”. A pequena majestade natural de Alfama, engrandecia a patinagem portuguesa, percorrendo o País em exibições com fins de beneficência. Não houve aldeia que não tivesse aplaudido a miúda. Em 1948, as palmas bisaram. A Federação Portuguesa de Patinagem convocou-a para acompanhar a equipa nacional de hóquei, que ia disputar a Taça das Nações em Montreaux, Suíça. Dois anos mais tarde, chegou a vez de se deslocar a Antuérpia, onde foi a pioneira no exame das “Figuras de escola” – a gramática da patinagem, baseada em desenhos semelhantes ao algarismo oito, com diâmetros de medida certa e que variam consoante as categorias.
    Em 1944, obteve, na promeira prova desta modalidade, o título de “Princesinha do Patim”, e, a partir de então, os seus êxitos sucederam-se, em escala crescente.
    Em 1948, exibiu-se, com grande êxito, em Montreaux (Suíça). Esteve, depois, nos Arquipélagos dos Açores e da Madeira, tendo ido, em 1951 e 1953, à Bélgica, para fazer provas, com vista a obter o grau de terceira e segunda classes internacional.
    Exibiu.se, depois, na Bélgica, Holanda e Alemanha, distinguindo-se na interpretação de danças regionais portuguesas. Depois de conquistar vários títulos em Campeonatos, entre 1953 e 1956, afastou-se do Desporto competitivo, para se dedicar ao ensino.
    Em 1958 casou. E a carreira profissional estancou nesse parágrafo. Tal como as hospedeiras que deviam ser solteiras, as patinadoras não fugiam à regra de Salazar. Ainda deu aulas no Paço de Arcos e no Benfica, mas o evo da patinagem, apesar de não estar enterrado, morria. Nos anos 70 recebeu uma carta. O remetente pedia-lhe que actualizasse a sua efeméride. Um representante da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira pedia-lhe dados biográficos.
    Fonte: “Dicionário de Mulheres Célebres”, (de Américo Lopes de Oliveira, Editado por Lello & Irmão Editores, Edição de 1981, Pág. 292)

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    1. Excelente.

      E também quase um milagre ver alguém a ler este artigo...

      Muito agradecido.

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Ok digam o que bem entenderem.
Depois eu vejo