quarta-feira, 13 de julho de 2016

Selecção de Portugal - O Ponto da Viragem (parte 2)?

Desde já deixo o aviso que vão de perder largos minutos do vosso tempo a ler isto tudo...

O primeiro passo foi conseguido.
Falta agora o resto. E isto não tem só a ver com o futebol ou desporto, é mais transversal meus caros leitores. Desejo profundamente que seja um ponto de partida para que tudo melhore em Portugal... Nós que como país, já ultrapassámos a fase da queda
E já atingímos o fundo do poço...
Urge que se aproveite com todo o cuidado mas sem medo, toda esta energia positiva (e financeira) que a vitória da selecção Portuguesa trouxe e trará para o próprio país.

Entre o acreditar/ter fé e o racional, vai uma grande diferença. O que nós queríamos ou gostávamos que acontecesse é uma coisa, o que fomos vendo ao longo das duas últimas épocas é outra. A selecção era uma amalgama de pessoas com muitos membros mas aparentemente sem tronco e cabeça.

A fase de apuramento foi um suplício. Pessoalmente não vi quase jogo nenhum porque o que via, mesmo com a mudança de homem do leme, era o mesmo que tinha visto nos dois anos anteriores. Tudo muito sôfrego, vitórias à rasca, um apuramento no limite...

Depois, três empates de rajada e um terceiro lugar propositado para escapar aos tubarões? Eu queria e desejava que Portugal fosse longe na prova mas naquela altura... Para mim parecia difícil.

Mas foi longe,
espero que não longe demais. Um passo mais longo que a perna resulta sempre em queda... Portugal sagrou-se de forma justa, campeão europeu de futebol!

Ronaldo já não é o que era e foi necessário vir um jogador francês arrumá-lo de jogo para descobrirmos isso. Portugal sentiu a saída do capitão mas a primeira alteração de FS impediu que a equipa caísse para o abismo. Dois médios centro e dois extremos acompanhados por um médio pendular que juntos poderiam ser capazes de equilibrar os despiques de bola no miolo. Não houve melhorias a atacar (Nani é muita coisa mas nunca um avançado) mas a verdade é que os franceses não marcaram.

Segunda alteração visou refrescar a defesa, Moutinho entrou para continuar a destruir. A terceira, igualzinha à que a França tinha feito um minuto antes (Giroud por Gignac), visava dar frescura à ponta do ataque português. E foi esta que resultou:
Os leitores já devem ter/lido e ouvido muitas coisas sobre a prestação da selecção. Não é aqui que vêm ler algum tipo de verdade universal.

Se gostei? Gostei de quê? De ser campeão europeu de futebol? Mas claro que sim. Gostei do futebol praticado? Nem por isso mas com os vinte jogadores de campo convocados, outra coisa não esperava... Utilizar André Gomes, João Mário e Renato Sanches como médios maioritariamente defensivos... O fim justificou os meios? Absolutamente, até porque andávamos há muito tempo a jogar como nunca e a perder como sempre.

Algumas palavras para alguns jogadores. Os do Benfica:

Eliseu: Não teve hipóteses com Raphael Guerreiro.
Renato: Foi lixado pelos meios de atingir aquele fim. Depois de uma época tremenda ao serviço do Benfica, não teve hipóteses de fazer mais na sua não posição.
Outros:

Patrício: Sem dúvida o melhor guarda-redes da prova. Fomos campeões europeus também por culpa dele. Será que já evoluiu o suficiente para deixar a alcunha franguício para trás?
Pepe: Fui sempre contra naturalizados. Pepe incluído! Continuo a ser contra! Pepe foi dos melhores... Talvez o melhor jogador da selecção nacional durante a prova... A ele, que até acabou mal disposto - deu mais do que devia dar talvez, o meu agradecimento então!
João Mário: Gostei das prestações dele.

Éder: Um caso interessante. Marcar golos sempre marcou: cinquenta e nove golos em oito épocas como jogador de clubes; quatro golos nas suas vinte e nove internacionalizações - três dos quais em jogos amigáveis!
Éder, um avançado mediano que de repente:
Se o critiquei alguma vez? Sempre, uma vez que nunca demonstrou ser essencial. Mas Éder sabia o que quase todos pensavam dele: Patinho feio é quase um elogio :-))). Alguém consegue anular a ideia de que todo o mar de críticas lhe terá dado mais força para entrar e jogar aqueles quarenta e tal minutos de uma forma como nunca o tínhamos visto jogar?

Parece que também teve ajuda externa... Ainda bem, E Pluribus UNUM! União e foco...
Resta agora ao Éder fazer a prova dos nove. Tem vinte e oito anos e ainda pode ter um excelente final de carreira. Que o sucesso não lhe suba à cabeça... Excelente golo, este que valeu um Campeonato da Europa a Portugal
Que o sucesso não suba também à cabeça dos dirigentes,
porque sei que é fácil sucumbir aos excessos que um episódio de sucesso com esta magnitude traz... Estou farto de perguntar a mim mesmo se este mapa não é de 2016 ;-)).
Quanto a Fernando Santos,
Parabéns pelo título. Não gosto muito deste tipo de vitórias mas não tenho de gostar. À pala do seu sistema de jogo e das suas ideias, festejei a bem festejar durante um bom par de horas. Grato caro FS.

Agora há um caminho longo a trilhar. Novos jogadores a chamar para refrescar a selecção se essa for a sua intenção.

Agora é desfrutar deste acontecimento
e aguardar que o nosso clube volte à acção a sério.

Para os franceses, não me podia esquecer deles que foram essenciais, deixo-lhes uma mensagem a transbordar de fraternidade:
Estas imagens reflectem tudo o que se passou:
PS1: Ainda em relação ao golo de Éder, será que ele ouviu o Maestro? Thank you Patrícia.

PS2: Para o palhaço que preside ao sporting e suas majoretes, isto:
Chupa
e engole!

PS3: Palavras para quê...

E Pluribus UNUM

2 comentários:

  1. Engraçado essa da naturalização. Já não se aplica ao Eder (por exemplo) nascido na Guiné-Bissau e filhos de guineenses.

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    1. Isso, que eu sabia, nem interessa pois não?

      AMC

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Ok digam o que bem entenderem.
Depois eu vejo